quinta-feira, 16 de março de 2023



Hoje eu voltei para as redes sociais. Fiquei uma semana fora das redes, foi um ótimo detox para assentar a cabeça, ficar um pouco alienada de certas coisas. Eu, por mim, ficaria mais tempo distanciada, a única coisa que senti falta foram dos memes, mas eles vêm na mesma proporção das desgraças e da superficialidade. Enfim, voltei porque uma pessoa desempregada não pode “desaparecer” por muito tempo das redes (no caso Instagram e Facebook, nunca curti Twitter e só uso Tiktok quando algum trabalho necessita). Além de “ser vista” rola muita oferta de trabalho nesses lugares, é preciso “estar atenta e forte”. Estou também no Linkedin obviamente, reformulei todo meu perfil, e todo esse processo de reformulação me fez lembrar muito do filme “ Eu, Daniel Blake”, que claramente é referência para no nome deste blog. Reformular o Linkedin não deixa de ter aquela mesma sensação de quando estamos fazendo nosso currículo, “será que tô colocando demais?, Será que vale a pena colocar isso? Como será que escrevo sobre essa experiência?”  O que agrava a situação do Linkedin é que lá você ainda tem que se adequar aos termos internacionais dos postos de trabalho, daí é uma série de estrangeirismo abarrocados, firulas conceituais, uma fábrica de encher linguiça e parecer interessante. No Linkedin todo mundo ama o trabalho que faz, no Instagram todo mundo odeia. A conta não fecha (risos). Essa semana achei que a minha definição no Linkedin estava muito sucinta, somente “Socióloga e Pesquisadora’. Resolvi mudar, colocar na chamada um pouco de tudo que já fiz, e agora estamos assim “Socióloga, Pesquisadora, Criadora de Conteúdo, Consultora Cultural, Analista de Mídias Sociais, Coordenadora de Projetos e Campanhas, Produtora de Eventos, Transcritora”. Acordei achando que estava exagerado, mas vou deixar ainda por um tempo, fiquei só com vontade de acrescentar mais uma coisa “Palhaça”. Existem várias ferramentas no Linkedin para te ajudar a melhorar seu perfil, conselheiros, coaches de carreira e outros balangandãs, mas obviamente tudo pago, e claro, desempregado não tem dinheiro né. “Ahh, mas você toma sua cerveja todo fim de semana”, alguns dirão! Sim, entre pagar para um robô do linkedin ou um coach duvidoso, eu prefiro manter a minha saúde mental, bebendo com meus amigues, coaches do meu coração. Esses estão na minha torcida, pensando ideias mirabolantes para ganhar um qualquer (a de ontem foi a ideia de fazermos almofadinhas de Totoro para vender, obrigada Bela, te amo), com esses personals da vida real eu vou levando o desemprego amparada com amor, abraços e carinho. Obrigada amigues, amo vocês.


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